terça-feira, 8 de outubro de 2013

Visita a Folha da Vila Prudente - Entrevista


Entrevista com Kátia Leite, editora da Folha.

Beatriz: Como é trabalhar em um jornal?
R: É cansativo, é uma profissão que têm que gostar muito pra prosseguir, é uma profissão que não dá dinheiro, você não tem horário nem local. É comum você trabalhar todos os dias da semana.

Beatriz Regina: Como a noticia chega até o jornal?
R: Em sites, e-mail e TV. Aqui é mais comum através das reclamações.

Giovanna: Como é feita a seleção das noticias?
R: Selecionamos pela importância, como uma ocorrência muito grave não podemos deixar de colocar.

Fernando: Qual é a parte mais difícil de ser uma editora?
R: O mais difícil é você ter tanta coisa pra colocar e acabar não tendo essa oportunidade, ás vezes as pessoas nos ligam bravas.

João Vitor: Estamos numa era digital, como todos aqui estamos com Tablet, Notebook e Câmeras. Vocês dão mais importância para o jornal em si ou para o site? E como pretendem entrar nesse meio da “era digital”?
R: Ao jornal, nós percebemos que o público da Folha é uma parte mais idosa, onde não tem muito acesso ao computador. Assim como eu não aderi totalmente ao e-book, onde prefiro ter o livro em mãos, os jornalistas ainda preferem seu jornal no papel.

*Ela deu exemplo da vacina contra cães e gatos, no jornal está com um endereço e avisa queno site poderia encontrar outros endereços, e muitos leitores ainda não tem acesso ou não sabem mexer.*

Sabrina: É divertido ser jornalista?
R: É divertido ser fotografo (risos), é divertido se você gosta. Tem um lado divertido, depende da matéria, tais como tragédias, ir a funerais pegar informações, é o lado ruim. Mas, existem matérias legais em parques e outros. Eu queria trabalhar na parte de esportes,  mais precisamente futebol, é no que eu gosto, mas como eu disse, não é só o que eu acho legal.

Leonardo: Desde quando você quis ser jornalista?
R: Desde pequena, sempre sonhei com isso.

Thalia: Qual é a importância de ser jornalista?
R: A importância principal é trazer as notícias correta.

Qual foi a ideia de formar o Jornal da Vila Prudente?
R: O Jornal de bairro é justamente para ajudar o que se acha que a imprensa maior não liga, pois se preocupam mais com as coisas em Brasílias e etc.

A evolução da tecnologia ajuda ou atrapalha o jornalismo.
R: Ajuda, a saber mais rápido uma ferramenta super importante, tal como o Twitter. Toda a imprensa virou alvo, já que nas manifestações um governador parabenizou uma cidade do interior em meio dos protestos.

Alex: Qual entrevista mais te emocionou?
R: Difícil, já estou no jornal há 14 anos, mas acho que foi o metrô. Mas, até anunciar a inauguração você fica na esperança. Fiquei muito feliz no dia que inaugurou, quando puderam passear, a passagem foi gratuita, foi uma matéria significativa.

Quem cria as perguntas?
R: Os repórteres normalmente criam na hora, às vezes eu mesmo ajudo. Nem sempre sou eu que vou estar na hora. Por exemplo, não adianta os repórteres terem tudo anotado, mas não saberem replicar, uma coisa que acontece muito com os políticos.

Você acha que o jornal deveria ter uma coluna voltada pra educação?
R: Alguns já têm, é que os jornais de bairro é aquilo que explicamos, não tem muito dinheiro. Sou jornalista, não pedagoga, nem sempre vou poder falar sobre isso. Temos que contratar outras pessoas e nem sempre é fácil.

Qual a reportagem mais difícil que você já fez?
R: Com os políticos, você sempre tem que chegar perto e é difícil, às vezes não é o assunto que é difícil e sim chegar até o entrevistado.

Quando você erra, tais como falta de vírgula ou etc, como se sente?
R: Às vezes fico chateada, mas tenho que dar a noticia. Tenho que ver, reler para não cometer erros como este. A pressa de ter que escrever o texto e já fazer outra matéria atrapalha, em qualquer jornal.

Você acha que seu emprego traz segurança?
R: Às vezes você tem que ir para lugares de tiroteio, enchentes, é difícil, porém necessário e você fica pensando: “Será que vou ficar doente?”.

Qual o tamanho da sua equipe e quem faz o que?
R: Editora, dois fotógrafos e no dia do fechamento um diagramador. Essa é a equipe da redação, tem outras coisas no jornal, como vender anunciantes, e outros. Mas também tem pessoas da limpeza, e outras.

Qual o melhor programa para fazer Jornal?
R: Nós usamos o Pagemaker. Mas, no Estadão eles já usam outro, o WinDesign, ele é mais moderno, mas, aqui pro jornal ele seria um investimento muito grande, normalmente temos 20 ou 22 páginas, com o Pagemaker conseguimos nos virar.

Você já foi agredida?
R: Quase fui agredida por um deputado. Ele ficou irritado, pois não era pra ele estar lá, mas quem levou a pior foi o fotógrafo.

O que é mais difícil, entrevistar parentes de vítimas ou pessoas que mesmo não tendo relação direta se mostram afetados?
R: É difícil, pois, não que fiquemos insensíveis, mas, sabemos ficar mais profissionais. Por incrível que pareça o jornalista e o fotografo são iguais, você tem que se manter firme, pois, não adianta chegar chorando para o entrevistado, isso iria piorar a situação. Temos que ser firmes e obter as informações necessárias.

Você já teve medo?
R: Já, pela segurança. Barram-nos, principalmente tráfico de droga, tais como ameaças ou outras coisas, nada que não sabemos que iremos enfrentar.

Quantos anos você começou a fazer entrevista?
R: Logo que acabei a faculdade, com 19 para 20 anos.

A Folha já publicou alguma matéria errada?
R: Já, às vezes falamos que é num dia e é no outro. Sempre tem. Isso chateia muito as pessoas, você chega ao entrevistado e ele chama Wagner, por exemplo. Mas você não pergunta se é com W ou com V.

Após isso, Kátia nos agradeceu pela presença e nos convidou a tomar um lanche. No final de nossa visita, ganhamos um Kit da Folha, com bloquinho, caneta personalizada e outros. 

PARTE III.

Visita a Folha da Vila Prudente part. 2



Como sabem das notícias?
Normalmente moradores próximos aos locais de onde houve algo telefonam informando o tal ocorrido, o jornalista vai checar se a notícia é realmente verdadeira. O fotografo tira fotos do local e a notícia é repassada para a redação.
Numa folha branca vão decidindo quais são as matérias que vão à primeira página, quais necessitam de mais de uma página e quantas fotos serão necessárias. As máquinas conseguem trabalhar e fazer o jornal em até 2 horas. Por volta das 21horas a redação é fechada e o jornal trabalha com as máquinas até ficar pronto e ser empilhado automaticamente.
Onde encontramos o jornal quando ele não é entregue em casa?
 É colocado em pontos estratégicos, tais como Açougues, Padarias e Bancas de Jornal.
O que faz a editora de um jornal?
 Cuida das edições, observa o que vai a determinada semana e planeja qual vai ir pra próxima edição do jornal, é quem decide também o número de notícias que vai sair na edição.
Como saber se as fontes são verdadeiras quando o local não é tão próximo?
Cruzar a informação, isso é, quando por mais que a fonte seja segura ele procura saber mais sobre isso. Vendo isso de fonte em fonte, ou seja, procurar saber sobre tal fato com outra fonte e ver se tais informações batem.

 Umas das facilidades que a Folha e sua equipe têm com seus anunciantes e leitores é a sua proximidade, assim como é também uma das dificuldades. Pois, quando anunciantes do Jornal fazem algo errado, a população reclama. Fazendo a Folha ser uma moeda com dois lados, um são seus anunciantes, o outro a população, e para se mantiver em pé precisa dos dois juntos. O Parque Ecológico e o metrô de V. Prudente foi feito através de uma campanha no próprio jornal.


“O grande pagamento é ver sua luta em pró da população” disse Newton Zadra, encerrando sua palestra.

PARTE II.

Visita a Folha da Vila Prudente

História da Folha de Vila Prudente
Por João Vitor



Em agosto de 1991, o jornal foi inaugurado com o nome de “Folha da Vila Prudente”. O jornal foi às ruas em janeiro de 1992 com tiragem de 20 mil exemplares, a folha sempre foi imparcial e democrática. A Folha da Vila Prudente desde seu primeiro número mantém uma parceria com o Estadão, o jornal é impresso de madrugada com as primeiras notícias do dia/madrugada e conta com seu Departamento Publicitário, Redação, Impressão, Embalação do Jornal e seus diretores.
O jornal também está na internet e seu novo site chama-se Folha VP Online, no site os jornalistas podem atualizar todos os dias sem limite de espaço.
O Jornal é regularmente entregue as casas com 50 funcionários e seis veículos, e tem 20 anos. Newton Zadra o dono do Jornal estava presente à sala onde os alunos do CEU EMEF Sapopemba estavam, onde deu uma palestra, dicas e mostrou um vídeo sobre o jornal. Os jornais de grande circulação que cobrem toda São Paulo, Brasil e Mundo, política e economia, esquecem-se das particularidades dos bairros como o que acontecem em torno da região e Vila Prudente.
O jornal é entregue gratuitamente com equivalente a 60% de publicidade para o Jornal se manter em pé. A editora Kátia Leite explicou para nossa equipe que uma notícia necessita responder SEIS perguntas sempre, que são:
O que/Quando/Onde/Quem/Porque/Como.
Um jornal é regido pela lei de imprensa, onde não pode levantar falsas hipóteses, o dono do jornal, Newton Zadra teve como punição de pagar 6 salários mínimos,  mas como era réu primário respondeu em liberdade.

O Jornal chegou ao Brasil no século XIX. O Jornal dá principalmente as notícia do bairro. De 5.000 a 5.100 são os números de caracteres que Newton Zadra é autorizado a escrever em sua coluna no jornal. Newton Zadra lembrou o quão importante é ler livros, e como é importante tentar várias e várias vezes fazer um texto, só assim pode-se chegar o mais próximo da perfeição.

PARTE I. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Projeto.

CONHECENDO AS CÉLULAS. 

2° Bimestre, os alunos do 7° ano, realizaram com a Prof° Iara de Ciências, a construção de maquetes da célula eucarionte animal e vegetal e da célula procarionte (bacteriana), com o intuito de conhecerem melhor a estrutura e funcionamento das células.
As células foram construídas com potes de vidro, gel e massinha de modelar.

 1. Os alunos Gabriela e Geovane do 7° Ano C com a maquete construída por eles da célula vegetal.
                    2. Maquete da célula vegetal.
                     3. Maquete da célula animal.
                         4. Maquete da célula procarionte.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Alunos visitam a Folha


Sex, 27 de Setembro de 2013 14:18 Kátia Leite

Na tarde da última terça-feira, 20 alunos do Ensino Fundamental do CEU Sapopemba, que participam do projeto Imprensa Jovem, estiveram na Folha. Além de conhecerem a história do jornal que está no 21º ano de circulação ininterrupta, aprenderam sobre a rotina do jornalismo e fizeram muitas perguntas.
A visita começou com a exibição de um filme que conta todo o processo de preparação de uma edição, desde a busca pelas notícias e a captação dos anúncios, até o trabalho final, que é fazer os jornais chegarem às mãos dos leitores. O presidente da Folha, Newton Zadra, falou sobre a responsabilidade que um jornalista deve ter na apuração dos fatos e destacou que aqueles que desejam seguir na profissão devem ler muitos livros, além de jornais e revistas.
Em seguida, os estudantes fizeram perguntas à editora Kátia Leite e ao fotógrafo Ale Vianna. Entre as questões, desde as mais inesperadas (se jornalista se emociona ao fazer matérias tristes) até as mais pertinentes, como o futuro do jornal impresso em meio a tanta tecnologia.

 Eles filmaram e fotografaram todo o evento e no final, ganharam kits com bloquinhos e canetas personalizadas da Folha para as futuras reportagens. Também foram doados cinco livros “Vila Prudente do Bonde a Burro ao Metrô”, de autoria de Newton Zadra, para ficar à disposição dos alunos na sala de leitura da escola.
Os alunos estavam acompanhados das professoras Adriana Costa e Márcia Vivancos e do coordenador do Núcleo de Cultura do CEU, Moises Baptista. “Eles estão fazendo a cobertura dos eventos que ocorrem no CEU e registrando tudo em um blog. Como partes do projeto, quiseram saber como funciona um jornal”, explicam as professoras.
Futuro
Pelo menos dois alunos do grupo, afirmam que já têm certeza que desejam ser jornalistas. O sonho de Geovana Souza Freire Caires, de 9 anos, é trabalhar na TV. “Gosto muito de imitar que sou repórter. Também quero ser apresentadora”, conta a aluna do 4º ano que ficou o tempo todo com o microfone na mão. João Vitor de Souza, de 14 anos, já tinha o sonho de ser jornalista antes de entrar no Imprensa Jovem. “Gosto muito de assuntos internacionais”, avisa o, quem sabe, futuro correspondente internacional.





Essa reportagem foi publicada na folha da Vila Prudente no 27 de setembro de 2013.


Os alunos da Imprensa Jovem também registraram o momento Comfira